Entre estes últimos tem um que é muito legal (mesmo sendo completamente imbecil). É um "desbloqueador" de escritores. Ele cria uma seqüência de frases aleatórias que, em tese, podem inspirar um escritor a escrever algo. É mais ou menos um navio pirata para um náufrago.
Hoje de manhã me deparei com o seguinte na tal ferramenta:

Tradução:
Uma esposa comete adultério
Com uma garrafa de uísque vagabundo (!!).
Além da janela a cena é bucólica;
o telefone toca,
enquanto abutres bicam os restos (de algum cadáver?).
Não sei até que ponto esta seqüência de frases embaralhadas podem inspirar alguém a escrever algo além de um pôste num blogue, mas que é algo muito divertido imaginar um marido sendo traído com uma garrafa de uísque vagabundo, isso é. Freud daria piruetas de alegria. Dançou na boquinha da garrafa.
O ponto que quero explorar é a questão que já comentei aqui da mistificação da criação literária. A grande maioria acha que é preciso apenas um retalho de idéia para que o "iluminado" escritor saia por aí criando obras-primas e divisores de águas da literatura ocidental (quiçá mundial, olha aí!).
O verdadeiro escritor sabe que não é bem assim, não é? É claro, grande parte da criação se baseia em um farrapo de idéia que com muito trabalho e pesquisa cresce e se torna algo coeso, mas até aí automatizar o processo simplesmente embaralhando frases ao acaso é forçar bastante a barra. É nivelar a criação por baixo.
Mas que é divertido, isso é.
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