Hoje mesmo escrevi uma crônica logo de manhã cedo, assim que cheguei ao escritório. Ficou muito boa, na minha humilde opinião, mesmo ela tendo sido escrita ainda sob o efeito das remelas do sono. Estou tentando vê-la publicada em algum lugar legal, mas se não conseguir coloco aqui mesmo.
O lance com o meu romance é simples: frustração. Estou frustrado, sim, confesso. A carreira está caminhando, os livros de que participo estão saindo, coisa e tal, mas as editoras teimam em ignorar meus romances. Se fosse uma recusa, beleza. Dá raiva, mas raiva é bom. Dá força. O problema é ser ignorado. Frustração exaure, suga energia criativa. É foda. Como trabalhar no terceiro romance se o primeiro ainda não saiu do hangar?
Mas daí eu vou e me deparo com um blogue legal, A Pequena Morte, da Claudia Lage. Lá ela brinca com o processo criativo de uma maneira bastante inteligente. Dá gosto de ler. Dá vontade de escrever. E lá tem um pôste muito interessante, intitulado "Vinte e uma coisas que aprendi como escritor", atribuído ao Moacyr Scliar (não verifiquei), que deixa a gente um pouco melhor. Não tanto quanto uma resposta de uma editora, mas já ajuda. Alguns exemplos (o resto você vê lá no blogue da Claudia, tá?):
APRENDI que escrever é basicamente contar histórias, e que os melhores livros de ficção que li eram aqueles que tinham uma história para contar.
APRENDI que uma boa idéia é realmente boa quando não nos abandona, quando nos persegue sem cessar. O grande teste para uma idéia é tentar se livrar dela. Se veio para ficar, se resiste ao sono, ao cansaço, ao cotidiano, é porque merece atenção.
APRENDI a não ter pressa de publicar. Já se ouviu falar de muitos escritores batendo aflitos, à porta de editores. O que é mais raro, muito mais raro, são os leitores batendo à porta do escritor.
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