10 fevereiro 2008
23 janeiro 2008
Go Postal!
Pra quem não conhece, este é o jogo mais politicamente incorreto da história. Mais que qualquer GTA ou Manhunt. Muito mais. Não tem experiência igual a atirar com uma escopeta que usa um gato como silenciador. Ou correr na rua com as calças arriadas atrás de mulheres gostosas. Ou arremessar cabeças decapitadas no meio de manifestações anti-violência nos games. Ou... Ah, você já entendeu.
Por isso temi tanto que ele estragasse uma idéia tão boa com um filme ruim. Ainda temo (já que não vi o filme, né?). Mas graças às maravilhas do YouTube (chupa, Cicarelli!) descobri a cena inicial do filme e me tranquilizei um pouco (além de ter me mijado de rir). Assista e veja do que estou falando:
Agora já era. Quero ver e pronto.
Sim, eu consigo ser uma besta superficial de vez em quando.
Me deixa!
22 janeiro 2008
15 janeiro 2008
Factotum
Trecho final do filme "Factotum", com Matt Dillon no papel de Henry Chinaski, declamando um dos poemas mais legais de Charles Bukowski. Assisti esse filme a primeira vez em uma sessão única numa quarta feira a tarde, junto de apenas duas velhinhas. Uma delas me abraçou ao final, soltando a maravilhosa frase: "Bukowski é foda, não é, meu filho?"
Tradução do poema:
Se vai tentar,
vá até o fim.
Senão, nem comece.
Isso pode significar perder namoradas
esposas, família, trabalho... e talvez a cabeça.
Pode significar ficar sem comer por dias,
Pode significar congelar em um parque,
Pode significar cadeia,
Pode significar desilusão, escárnio, isolamento...
Isolamento é o presente
O resto é uma prova de sua paciência,
do quanto realmente quis fazer
E fará, apesar do menosprezo
E será melhor que qualquer coisa que possa imaginar.
Se vai tentar, vá até o fim.
Não há outro sentimento como este
Você ficará sozinho com os Deuses
E as noites serão quentes
Levará a vida com um sorriso perfeito
É a única coisa que vale a pena.
É. Ele é foda.
02 janeiro 2008
21 dezembro 2007
Escadarias para o Céu

Tirando todas as gozações que sofri por essa minha prosaica loucura, a experiência me revelou algo importante. Algo que quero passar a vocês, escritores e artistas em geral. Pode ser bobagem, mas é inegável a contribuição cultural que uma única música pode ter realizado. Sinceramente nem considero essa a melhor música do Zeppelin, mas de longe é a mais icônica (tanto que Robert Plant por muitos anos se recusou a cantá-la argumentando que não lembrava a letra, demonstrando o quanto estava enfastiado com a referência). É a música que imortalizou a banda, que a tornou o bastião que ela é hoje. E será assim por muito tempo ainda.
É isso que nós, pretensos artistas, devemos almejar com nossa criação. Devemos sempre querer não apenas refletir nossos egos em nossas obras. Temos que refletir o ego geral, o ego mundial. Temos que fazer a coisa toda funcionar através de nossas intervenções. Fazer as pessoas não só assimilarem, mas criarem em cima. Devemos ser originais, buscando sempre a perfeição e aquele momento marcante que nos imortalizará por toda a história.
Como eu já disse diversas vezes, escrever não é fácil. Se deseja mesmo trilhar este caminho, não o faça querendo apenas migalhas. Ou vá para as cabeças ou nem comece. Não imite, copie ou chupinhe outros artistas. Por mais que algumas versões da música sejam interessantes, elas nunca chegarão ao pés da original. Simplesmente porque ela FOI original. Ponto.
Ou você acha que uma maluca cantando a música em ritmo tirolês será o que ficará para a história?
18 dezembro 2007
Lição insone
"É assim que as histórias assustadoras funcionam, ecoando algum temor antigo. Recriando um pavor esquecido. Algo que preferimos achar que já superamos. Mas que ainda nos pode fazer chorar de terror. Algo que já tínhamos esperança de ver curado."
17 dezembro 2007
"A gente senta e escreve"

É isso que eu normalmente respondo quando me fazem a reincidente pergunta: "E como é que você faz para escrever?". É isso. Simples assim. Não tem mágica, vodu, macumba ou pactos satânicos envolvendo o sangue de doze unicórnios virgens. Senta e escreve. Viu? Fácil.
Então, Alexandre Heredia, escritor, por que você não...
SENTA
e
ESCREVE?
05 dezembro 2007
Noite de Autógrafos: Theatro dos Vampiros

Dia 8/12 (sábado) estarei no Theatro dos Vampiros, uma festa já tradicional que ocorrerá no Fofinho Rock Bar, autografando livros. Além de, claro, muita dicotecagem e bandas a noite inteira. Venham, apareçam pra tomar umas doses e conversar. Garanto que vai ser um barato.
Seguem as coordenadas:
Theatro dos Vampiros
dia 8/12/2007 - das 23 às 6hs
Local: Fofinho Rock Bar
Av. Celso Garcia, 2728
[próximo ao metrô Belém]
http://www.fofinhorockbar.com.br
Preços: R$ 10,00 (c/ flyer) e R$ 13,00 (s/ flyer)
Maiores informações: http://eventogotico.nafoto.net/
Vejo vocês lá!
30 novembro 2007
FOI UM SUCESSO!

É hora daquele texto imenso a respeito do lançamento. Peço desculpas antecipadamente pela demora, mas estava esperando as fotos chegarem (nunca sou eu quem as faz, obviamente), além de uma falta de tempo quase crônica em minha vida. Mas divago.

Felizmente minhas dúvidas e temores se dissiparam bem rápido, visto que os primeiros convidados começaram a chegar antes mesmo da hora marcada. Em poucos minutos o salão vazio nos fundos do bar ficou lotado, deixando eu e os garçons em autêntica polvorosa. Mas minha alegria era maior que quaisquer preocupações imediatas. Lá estavam meus parentes, amigos, colegas e leitores, todos prestigiando mais esta maluquice minha. Tudo num clima extremamente informal e agradável, como devem ser todas as reuniões de amigos.

Sobre o livro: eu o vi completamente acabado pela primeira vez naquela noite e confesso que foi uma sensação bizarra. Não sei quantos sabem disso, mas este livro tomou três anos de minha vida em sua realização, dois deles apenas com pesquisa histórica e coleta de materiais (que são suficientes pra escrever mais uns dois livros!). E como todo autor desconhecido, penei um bocado para vê-lo publicado. E lá estava ele, em minhas mãos, lindo, lindo. Mais lindo que eu poderia imaginar. Agradeço imensamente à editora Multifoco pelo apuro gráfico e pelo acabamento de primeira que deram ao livro. Espero que as vendas correspondam a todo o trabalho que vocês tiveram com ele.
Devo agradecer também a todos os amigos que compareceram e prestigiaram meu lançamento. A presença de vocês é que tornou o evento o sucesso que foi. A vocês meu muito obrigado. De todo coração.
E que venham os próximos!
PS2: O site da editora Multifoco passou por uma remodelagem recentemente. Agora além de uma página de meu livro (na seção Catálogo), também está lá um breve perfil meu. Visitem.
PS3: As fotos do lançamento foram feitas por minha fotógrafa oficial, Carmen Mirandinha. Valeu por mais essa, Carmen!

22 novembro 2007
21 novembro 2007
Auto-entrevista comigo mesmo

Mas eu também sabia que eu não era TÃO conhecido como gostaria. Precisava mostrar aos editores quem eu era, e que estava nessa a sério. Como fazer isso?
Simples. Caprichei na carta de apresentação.
Fica aqui uma dica aos autores que estão batalhando uma publicação: caprichem MESMO na carta de apresentação. Esqueçam os templates morféticos do Word. Esqueçam cartas formais. Sejam criativos. É a hora de chamar a atenção, de se diferenciar na pilha. No meu caso fiz um folder, com se fosse uma revista, com capa, matéria a respeito do livro, introdução histórica (veja post abaixo) e, claro, uma entrevista com o autor. Deu certo. Sendo assim transcrevo essa "entrevista" apenas como título de curiosidade.
De onde surgiu a inspiração para o livro?
Alexandre Heredia: Durante a pesquisa para outro livro, me deparei por acaso com a história da Condessa Sanguinária, e posso dizer que foi um caso de fascinação à primeira vista. Passei mais de dois anos compilando tudo o que era possível a seu respeito, até que me deparei com um dilema: como recontar sua história de uma maneira completamente original e mesmo assim ser fiel aos fatos? Pois há dezenas de livros biográficos lançados, e eu não queria partir para o mesmo caminho. Foi aí que surgiu a idéia de utilizar o material que pesquisei como um artifício literário em uma história completamente independente.
E por que ambientar a história em 1938? Há alguma relação deste ano específico na história da condessa?
AH: Com certeza! Foi nesta época que os primeiros livros a seu respeito foram lançados, principalmente na Hungria e Tchecoslováquia. Mesmo assim, isso nem precisaria ser algo decisivo na escolha, podendo a história se passar até mesmo em tempos atuais. Mas assim que comecei a rascunhar a trama, percebi que, caso se passasse nos dias atuais, muito do charme da história se diluiria em uma pesquisa fria e impessoal, com acesso a informações online ao invés de obrigar os personagens a irem atrás de seus objetivos pessoalmente. Além disso, aquela época foi conhecida pela explosão de expedições arqueológicas, muitas delas as mais importantes da história recente, e eu queria transmitir esse tipo de sensação, como numa viagem no tempo, na qual as pessoas precisavam realmente colocar a mão na massa e sujar o avental caso quisessem algum resultado. É, em última análise, quase uma homenagem aos caçadores de tesouros que desenterraram muitos dos artefatos arqueológicos que hoje vemos nos museus pelo mundo. Além disso, o fato de aquela região ser praticamente uma panela de pressão política naquela época, com os primeiros avanços de Hitler e crises internas que dividiam a população entre o medo e o apoio à onda nazista, ajudou a dar mais um grau de dramaticidade à história.
Qual foi seu objetivo ao escrever o livro?
AH: Meu real objetivo ao escrever foi reacender o debate, já que a Condessa Bathory vem se transformando cada vez mais em uma figura quase mística, cercada de crendices e conceitos falaciosos que, graças à internet, proliferaram-se e tomaram proporções quase épicas. Não há realmente provas de que a Condessa cometeu ou não as atrocidades pelas quais é responsabilizada. Cabe ao leitor tomar sua decisão. Eu apenas forneço os argumentos.
Sua trama termina com um gancho bastante claro. É sua intenção escrever uma continuação?
AH: Quem sabe? (risos).
(Não se esqueceram, né? O lançamento é AMANHÃ, lá no Santa Zoé, a partir das 20hs. Conto com a presença de todos por lá!)
20 novembro 2007
Quem foi Elisabeth Bathory?

Mas sua fama se deve principalmente ao fato de ela ter o estranho hábito de torturar cruelmente suas jovens criadas. Relatos diferentes atribuem a ela diversas atrocidades, cruéis até mesmo para os padrões da época. Os reais motivos das torturas são misteriosos, variando desde o puro sadismo até uma obsessão estética, que supostamente a teria levado até a banhar-se no sangue de suas vítimas com o intuito de manter-se sempre jovem. Estas alegações nunca foram realmente provadas, mas ainda assim a condessa foi condenada a passar o resto da vida encarcerada em um aposento de seu castelo, onde faleceu três anos depois, em 1614. Após sua morte, seu nome foi declarado proibido por toda a Hungria pelo rei Mathias d'Habsburgo, e esta situação se estendeu por mais de cem anos, até que, em 1744, o monge Laszlo Turoczi, ao escrever a história dos reis da Hungria, dedicou um capítulo inteiro à vida da “Tigresa de Csejthe”, retirando-a de vez da obscuridade.
Desde então, dezenas de autores elaboraram trabalhos fictícios e biográficos sobre a condessa, a maioria deles restrito aos povos húngaro e eslovaco. Até que, na década de 60, duas escritoras, a francesa Valentine Penrose e a Argentina Alejandra Pizarnik, popularizaram a história da condessa em seus livros. No auge da Era de Aquário, a condessa se torna a protagonista de best sellers traduzidos para várias línguas.
Hoje, grande parte do mito sobre a Condessa Sanguinária sobrevive com admirável força, tanto nos meios acadêmicos e literários quanto na Internet, onde uma busca por seu nome no Google oferece mais de um milhão de resultados.
(Mais, só lendo o livro! Espero vocês no lançamento!)
14 novembro 2007
Convite para o lançamento
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É isso aí.
Você que é leitor, amigo, colega, conhecido, ouviu falar, nunca ouviu falar, não quer nem saber, sei lá, mil coisas, etc. TEM que comparecer ao lançamento de meu novo livro, O Legado de Bathory.
Não, não tem desculpas. Mesmo.
Seguem os detalhes no press release (chique, né?):
Editora Multifoco lança
O Legado de Bathory
de Alexandre Heredia
Dia 22 de novembro, às 20 horas
Santa Zoé
(R. Cotoxó, 522 - Perdizes - São Paulo)
www.santazoe.com.br
Fone: (11) 3868-3303
O Autor
Alexandre Heredia reside
O Legado de Bathory
Editora Multifoco
Autor: Alexandre Heredia
Estilo: Romance Histórico/Suspense
Nº de Páginas: 170 (formato 14x21)
Público Alvo: Jovem/Maduro
Contato com o autor:
Fone: (11) 8136-3206
Email: alexandre.heredia@gmail.com
08 novembro 2007
Água mole em pedra dura
Não vem ao caso narrar cada uma das frustrações deste processo, pois realmente não é o fator determinante desta história. Mas foi durante essa peregrinação que conheci aqueles que seriam, junto comigo, os criadores e co-editores do NecroZine. Foi aí que tudo realmente começou. Abandonei os originais de meu romance e me dediquei a outra tarefa: criar um nome reconhecível no meio.
Depois do NecroZine vieram os dois volumes da Coleção Necrópole. Foram eles os primeiros passos realmente firmes, que cimentaram meu objetivo. Depois disso ainda veio o Visões de São Paulo. E, se tudo continuar no ritmo que está, participarei de outras coletâneas de contos ainda. Algumas (sim, no plural) provavelmente ainda em 2008.
Mas nada disso realmente eu posso considerar como a realização definitiva de meu objetivo. Foram marcos importantíssimos na minha vida e carreira, é claro, e dos quais me orgulho muito. Mas ao mesmo tempo não era uma vitória apenas minha, do começo ao fim. Eu estava junto com outros talentosos autores, e mesmo isso me deixando extremamente satisfeito, não posso dizer que completamente realizado.
Até agora.
Pois é, gente, agora é oficial. Meu primeiro romance finalmente será publicado. E o lançamento será nos próximos dias! Desculpem não ter avisado antes, mas mesmo sendo um desgraçado de um cético descrente, não queria correr o risco de ver tudo ir por água abaixo apenas por conta de minha afobação.
O livro se chama "O Legado de Bathory", e será lançado pela editora Multifoco. Segue abaixo uma breve sinopse:
Budapeste, 1938. A ameaça de uma nova Grande Guerra paira sobre toda a Europa, que acompanha atenta os primeiros avanços de Hitler. Neste cenário conturbado, Yara Ladányi vem do Brasil para o funeral de seu pai, assassinado brutalmente em sua casa em Budapeste. Suspeitando que a morte de seu pai teria motivações misteriosas, ela inicia uma investigação independente, tendo por base um documento antigo enviado a ela por seu pai pouco antes de seu assassinato.
Contando com a ajuda de Laszlo Raduczi, professor de História e genealogista, Yara embarca numa trama de conspiração e morte, na qual a dupla é perseguida continuamente por uma figura assustadora. Enquanto isso, desvendam o estranho documento que os leva a uma exploração da história da infame Condessa Elisabeth Bathory.
E, claro, a capa do livro:

Estou fechando os últimos detalhes do lançamento. Podem deixar que aviso quando e onde assim que eu mesmo souber.
E, me desculpem, mas estou feliz pra cacete!
Espero vocês no dia do lançamento!