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Mas sua fama se deve principalmente ao fato de ela ter o estranho hábito de torturar cruelmente suas jovens criadas. Relatos diferentes atribuem a ela diversas atrocidades, cruéis até mesmo para os padrões da época. Os reais motivos das torturas são misteriosos, variando desde o puro sadismo até uma obsessão estética, que supostamente a teria levado até a banhar-se no sangue de suas vítimas com o intuito de manter-se sempre jovem. Estas alegações nunca foram realmente provadas, mas ainda assim a condessa foi condenada a passar o resto da vida encarcerada em um aposento de seu castelo, onde faleceu três anos depois, em 1614. Após sua morte, seu nome foi declarado proibido por toda a Hungria pelo rei Mathias d'Habsburgo, e esta situação se estendeu por mais de cem anos, até que, em 1744, o monge Laszlo Turoczi, ao escrever a história dos reis da Hungria, dedicou um capítulo inteiro à vida da “Tigresa de Csejthe”, retirando-a de vez da obscuridade.
Desde então, dezenas de autores elaboraram trabalhos fictícios e biográficos sobre a condessa, a maioria deles restrito aos povos húngaro e eslovaco. Até que, na década de 60, duas escritoras, a francesa Valentine Penrose e a Argentina Alejandra Pizarnik, popularizaram a história da condessa em seus livros. No auge da Era de Aquário, a condessa se torna a protagonista de best sellers traduzidos para várias línguas.
Hoje, grande parte do mito sobre a Condessa Sanguinária sobrevive com admirável força, tanto nos meios acadêmicos e literários quanto na Internet, onde uma busca por seu nome no Google oferece mais de um milhão de resultados.
(Mais, só lendo o livro! Espero vocês no lançamento!)
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