13 dezembro 2006
Decepção
Aconteceu ontem, mas deixei a raiva esmorecer um pouco antes de escrever algo a respeito.
(Aliás, até escrevi. Escarrei um pseudo-poema numa comunidade do Orkut)
Não, não é nenhuma tragédia. Ninguém morreu, adoeceu ou desapareceu de minha vida. Não, nada disso. Foi apenas uma derrota pessoal. Narcisista é claro, mas ainda assim uma derrota. É fui recusado por mais uma editora. Sei, sei, não é nenhuma novidade, nada demais, mas neste caso eu tinha certa esperança (que até culminou neste pôste). Ontem mandaram um emeio lacônico, elogiando a obra mas mesmo assim recusando-a. Ou seja, deja vu de escritor.
Ontem, após a leitura da recusa, várias coisas passaram por minha cabeça. Várias. Primeiro a óbvia raiva da editora. Depois raiva de minha incompetência. Depois um misto dos dois. Pensei em largar a literatura (traduzindo: pití de artista). Pensei em transformar o livro em e-book e distribuir gratuitamente. Eu seria um rebelde! Um ícone da contracultura! Nada de "Roubem este Livro". "BAIXEM este Livro!!".
E rebaixem seu autor.
Daí fui dormir e hoje acordei sem tanta frustração. Quanta gente passou por isso? Quanta gente desistiu e optou por soluções paliativas? E eu seria mais um? Mais um rato prestes a ser capturado por uma ratoeira travestida de editora sob-demanda? Não, NÃO!
A primeira coisa que fiz foi rever a lista de editoras que considerava minhas finalistas. Selecionei mais duas que tem algum potencial, anotei seus endereços, imprimi mais duas cópias do meu texto e vou voltar à carga. Enquanto não recebo a resposta termino mais um original (falta pouco) e martelo mais uma idéia que está assombrando meus neurônios há algum tempo. Três originais completos. Um embrionário. Nenhum publicado.
E daí, porra?
Preciso parar de me desapontar tanto com estas recusas. Preciso parar de me preocupar tanto com a publicação e mais em escrever. Publicar é como sexo: é conseqüência, não objetivo. E daí que mais uma editora recusou um original meu? E daí? Tento mais algumas vezes (ainda tenho cartuchos), e se não der certo jogo o original na gaveta e trabalho o próximo. Não posso deixar estes percalços se tornarem maiores que deveriam, ou então não escreverei mais. Não quiseram me publicar? Foda-se! Azar deles!
Tenho muito trabalho a fazer para perder tempo me preocupando com essas coisas.
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