29 outubro 2007
Novidades à vista
Claro que ainda não é hora, pois frutos verdes azedam rápido, então aguardem com um pouco mais de paciência. Nos próximos dias grandes novidades surgirão.
Mas uma coisa já posso dizer: está ficando lindão!
(Começa a contagem regressiva!)
23 outubro 2007
Et tu, Dumbledore?
Mas a imagem mais divertida dessa "polêmica" é esta aqui:

Agora, meninos e meninas, mudemos de assunto.
E de livros, por favor.
17 outubro 2007
Esboço de História

Culpa do pai, que fora transferido. Claro que isso não pressupunha uma naturalização. Por isso a surpresa de todos. Justo o João, que era o que mais xingava os hermanos nos Brasil contra Argentina?
Mas as surpresas não pararam aí. João, agora Juan, em pouco tempo se profissionalizou. E em futebol. Era destaque nas categorias de base. Quando ele estava no gol nada conseguia passar. Tinha os reflexos de um leopardo. Um goleiraço. Em pouco tempo já era o goleiro titular do Boca Juniors. Do Boca! Justo o João, sãopaulino roxo?
E ficou pior. Jo... Juan foi convocado para a seleção argentina. Alguns amistosos depois e seu nome já era dito com temor pelas ruas. Traidor. Vira-casacas. Desgraçado. Precisava ser tão bom? Tinha que ser brasileiro mesmo...
Juan arrepia nas eliminatórias. Graças a ele a Argentina se classifica com a defesa menos vazada da história. Vão para a Copa. Favoritíssimos.
Primeira fase invicta. E sem gols. Aproveitamento total. Oitavas, quartas idem. Goleiam na semifinal. Juan está na final. E contra o Brasil.
Suspense absoluto. Justo o João, pô?
O jogo é acirrado. Ambas as equipes jogam como nunca. É uma partida histórica. De ambos os lados. Tanto que termina empatada. Sem gols.
A batalha continua na prorrogação. Juan faz duas defesas magníficas. Bolas praticamente indefensáveis. Desgraçado. Vira-casacas. Traidor.
O pior pesadelo então se concretiza. Pênaltis.
Juan defende dois. Os argentinos desperdiçam outros dois. Juan não consegue defender um, mas felizmente para ele seu atacante não havia decepcionado antes. Mas o outro erra. Feio. Juan defende mais um, quase sem querer. Cai de forma estranha. Parece machucado. Argentinos de cabelo em pé (o que deve se assemelhar a uma floresta de pinheiros sujos de piche). Toma essa, João! Traidor! Quatro pênaltis batidos por cada equipe, mas o empate persiste. Os brasileiros deliram quando seu goleiro, tão desacreditado, tão humilhado pela mídia, defende o quinto pênalti. Está nas mãos de Juan agora. Se ele defender a Argentina terá mais uma chance. Se não...
Ele não defende.
Aliás foi um frango tão medonho que o video virou em poucas horas o viral mais assistido da internet. Humilhante. Uma bola que até minha avó esclerosada e com parkinson pegaria. A Argentina perde a final. E para o Brasil.
Mas logo em seguida a multidão se espanta. Juan se ergue com um imenso sorriso no rosto. Lágrimas escorrem de sua face. As mãos cerradas são erguidas sobre a cabeça. Ele corre em direção aos brasileiros. Comemora junto com eles o campeonato. É o que mais grita, o que mais chora. Não recebe medalha, mas consegue beijar a taça. E dar a volta olímpica. Juan era João novamente.
E havia conseguido.
12 outubro 2007
O Brilho Eterno de uma Mente Plagiada
Tarefa dura. Um autêntico desafio.
Desenhei a camiseta. Bolei uma série de espermatozóides engraçadinhos e os coloquei perseguindo um óvulo de cinta-liga com o vírus da AIDS sorrindo malevolamente em seu ombro. O desenho e a camiseta se perderam no tempo, mas recordo-me bem de cada um, que representavam cada um de meus colegas. Tinha o Apressadinho. O Perdido. O Cabeludo (eu). O Retardado. O Negro (perdido naquela "porra branca", que na época era de algum modo uma piada). E tinha o Desencanado. Era um desenho bem simples, de um espermatozóide com óculos escuros. Só isso. Era o menos aparente do grupo, mas de longe o mais icônico. Fizemos várias camisetas e distribuímos. Não lembro quantas. Mas muitas. E ganhamos a prova.

Já dá pra prever o resultado? Desculpem. Já fui melhor nisso. E eu REALMENTE estou um tanto chapado demais pra escrever. Mas vamos ver no que isso vai dar.

06 setembro 2007
De volta à programação normal

A principal novidade (até o momento) é que finalmente troquei de emprego. É isso aí. Acabaram os bloqueios castrantes. Ao menos na internet. Chega de postar via emeio. Chega de se limitar a 0,0001% da informação. Eu quero é saber de putarias, baixarias e transgressões. São essas as coisas que tornaram a internet o que ela é hoje. A partir de agora volto a blogar em paz. Não sei até quando, mas enquanto der estou curtindo.
(Se alguém quiser saber para onde fui, é só cutucar o rato aqui em cima.)
Mas nesse retorno decidi que uma coisa vai mudar, tanto aqui quanto lá no Psicopata Enrustido: a partir de agora só pôstes curtos. Nada de textos imensos, gigantes, morféticos e que vocês (sim, VOCÊS MESMO!) só lêem a metade (e mesmo assim opinam). Coisa rápida. Pá, pum, acabou.
E por hoje chega.
13 agosto 2007
Literatura (inter)Dependente
tupinambás? Será bater de porta em porta em editoras que normalmente os
ignoram? Será publicar por conta própria, vendendo carro, apartamento e
passando fome? Ou será que é disponibilizar o trabalho de graça na
internet?
O assunto já deu pano pra manga pela blogosfera. A Olivia Maia
(http://www.verbeat.org/blogs/forsit), que já lançou um livro por uma
editora grande (http://www.editorabrasiliense.com.br), deixou sua opinião e
destilou sua frustração em um pôste em seu blogue
(http://www.verbeat.org/blogs/forsit/arquivos/012009.html) e em uma
entrevista para o Digestivo Cultural
(http://www.digestivocultural.com/blog/post.asp?codigo=1542). O Biajoni
(http://www.verbeat.org/blogs/biajoni/), que disponibilizou seu primeiro
livro de graça em PDF e lançou o segundo por uma editora independente
também deu seus pitacos a respeito. O Branco Leone, que é editor d'Os
Viralata (http://www.osviralata.com.br/), também
(http://brancoleone.wordpress.com/2007/08/02/eu-sou-baixinho/). Assim como
o Valter Ferraz
(http://outrasestorias1.blogspot.com/2007/08/uma-discusso-interessante.html).
Enfim, a discussão está aberta.
O ponto é simples: Vale a pena publicar "formalmente" no Brasil?
Há diversas maneiras de analisar isso. Como tenho alguma experiência no
assunto vou deixar minha singela opinião.
Em primeiro lugar faço questão de descartar completamente a produção por
conta própria, nas famigeradas editoras "sob demanda". Se quer saber meus
motivos leia este pôste aqui:
http://gardenalcomfantauva.blogspot.com/2006/11/quer-pagar-quanto.html
Já disponibilizar seu trabalho de graça na internet eu considero uma saída
interessante. Corajosa até. Claro, há o risco de você ver sua chance de um
sucesso financeiro ser jogada pelo ralo em nome de uma atitude "rebelde" e
"transgressora". Mas é uma saída. Aliás foi essa uma das maneira que
encontrei para sair do anonimato literário. Quem acompanha minha carreira
sabe que tudo começou com uma publicação independente e gratuita, o hoje
finado NecroZine (http://necrozine.blogspot.com). Graças à base de leitores
angariada com essa iniciativa tivemos o suporte de uma editora para o
lançamento da Coleção Necrópole (http://www.necropole.com.br), que está a
caminho de seu terceiro volume.
Agora você me pergunta: o que valeu mais a pena, o zine ou o livro? Não há
como dissociar um do outro. O zine foi um sucesso. Seu último número teve
uma tiragem esgotada de 2.000 exemplares. Isso sem contar os downloads dos
PDF's. O livro também foi um sucesso editorial. Vendemos no Brasil inteiro.
Houve algum bafafá na mídia. Nada explosivo, mas o suficiente para valer a
pena todo o trabalho (que não foi pouco, acreditem).
Claro que monetariamente falando este sucesso não foi tão grande. Não deu
pra abandonar o emprego. Aliás, nem pra comprar muita coisa, pra falar a
verdade. No máximo pagar algumas dívidas antigas. Mas nenhum dos autores
passou fome por conta do livro, muito pelo contrário. E fomos lidos.
Bastante.
Então, qual vantagem Maria leva? Se não encheu o bolso de dindin, por que
perder tempo? Não é mais fácil simplesmente jogar na internet? Não gasta,
não ganha e é lido. Tudo resolvido, não é?
Quase. Por mais que me doa assumir isso, o livro "físico" possui uma
vantagem que o "digital" ainda não tem:
Credibilidade.
Os autores "independentes" podem me apedrejar agora. Com todo o direito.
Mas eu explico.
Não tem jeito, pessoal. Livro na estante da livraria tem outro status. O
autor não é mais um bolchevique anarquista escavando romanticamente
trincheiras na periferia do mercado. Ele se torna um Autor (com "A"
maiúsculo mesmo). Ele tem o aval de uma empresa que, no final das contas,
viu em seu trabalho uma chance de lucro. É como um "selo de qualidade" que,
por mais triste que essa constatação seja, os leitore/consumidores
valorizam. O cabra vai ter que botar a mão no bolso pra ler o seu trabalho,
não vai simplesmente baixá-lo, guardar num canto obscuro do agadê e
esquecer. Se ele comprar vai ler. E não vai ler por obrigação de amizade.
Vai ler porque (pasmem!) ele se interessou pelo assunto abordado.
Assim, minha opinião a respeito das editoras tradicionais é a mesma da TV
por assinatura: ruim com elas, muito pior sem elas.
Doa a quem doer.
O que nós autores temos que perceber de uma vez é que não é o caso de
escolher entre uma mídia e outra. A resposta está em somar as vantagens de
ambas em benefício próprio. Pela primeira vez na histórioa os escritores
tem disponível uma janela imensa para expor seus trabalhos, ser notado. Mas
não dá pra ignorar o mercado antigo, do papel e tinta. Isso pode mudar no
futuro (e eu espero que mude!), mas não dá pra viver de romantismo. O bom
idealista é o que sabe que para se ir de A para B é preciso muito trabalho.
Não adianta querer revolucionar do mesmo modo que se tira um bandêide. Como
disse o personagem de Billy Crystal em "Meu Querido Bob": passinhos de
bêbê.
Com paciência a gente chega lá.
P.S.: Os linques desse texto estão entre parênteses pois estou enviando
essa mensagem via emeio. Mas prometo que este empecilho será resolvido
muito em breve.
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ser confidencial. Se V. Sa. não é o destinatário, fique advertido de que a
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Caso tenha recebido esta mensagem por engano, por favor avise imediatamente
seu remetente através de resposta por e-mail. Obrigado.
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08 agosto 2007
02 agosto 2007
Eu estou bem. Obrigado pela preocupação.
recebi recentemente alguns emails de pessoas preocupadas com minha saúde após o grave acidente que supostamente sofri em Cascavel no último dia 27/07. A princípio não compreendi, pois que eu saiba NUNCA fui a Cascavel e, pelo que tenho notícia, não me envolvi em nenhum acidente grave de trânsito. O mistério só foi elucidado após uma simples busca no Google.
Era um homônimo.
Ufa! Pensei que já estava ficando esquizofrênico!
Gente, caso vocês cheguem aqui atrás de notícias a respeito de minha saúde, saibam que estou bem, saudável (mais ou menos) e que não era eu o acidentado. Desejo força a meu homônimo em sua recuperação, mas respiro aliviado por não ter sido eu desta vez.
Ah, as notícias sobre o acidente (que divergem no modelo do carro) estão aqui, aqui, aqui e aqui.
23 julho 2007
Teste
(Embedded image moved to file: pic05097.jpg)
Se não aparecer a foto, sinta-se um(a) felizardo(a).
Se apareceu, babau, negão...
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21 julho 2007
Desculpas Rotas e Esfarrapadas
Primeiro pois simplesmente BLOQUEARAM o acesso a todas as páginas do Blogger no escritório. Acabou, babau. Mais um pouco e eles bloqueiam também o acesso ao Google.
Ok, mas eu poderia simplesmente enviar os textos de casa, certo?
Errado.
Infelizmente o computador de casa deu pane novamente. Das grossas. A coisa está feia. Estou escrevendo isso de um micro emprestado. Entrei para fazer apenas 3 coisinha e já vou sair:
1) Escrever essa desculpinha esfarrapada;
2) Configurar o envio de textos via email. Espero que desta maneira eu consiga resolver o problema;
3) Colocar o video abaixo, que encontrei sem querer e curti bastante (mesmo o narrador sendo daqueles cariocas da gema):
É isso. Vamos ver se a coisa funciona e eu consigo burlar o Homem mais uma vez.
PS1: O Meme Literário abaixo deu o que falar. Sigam os linques e vejam por si próprios.
PS2: Por conta deste bloqueio e apagão internético não vou conseguir ler os comentários, mas fiquem a vontade para fazê-los. Assim que der eu leio.
PS3: Tá caro. Muito caro ainda...
13 julho 2007
Meme Literário: Entrei de bico!

Descobrir que não é um cara muito popular pelo fato de NUNCA me convidarem para um meme literário é triste. Tudo bem, não sou o blogueiro mais assíduo do mundo, não escrevo diariamente, não atualizo o Psicopata Enrustido como deveria, essas coisas. Mas não é por essa razão que vocês da dita "blogosfera" (denominação tão cretina quanto o famigerado "internauta") precisam me ignorar tanto assim.
Não, não estou carente nem preciso comprar um cachorro. Me deixa!
O lance é depois que vi lá no Rosebud é o trenó e no Hedonismos dois pôstes com esse meme que pede que o blogueiro (aaaaaahhh!) liste seus 5 livros favoritos eu afiei meu ego literato e fiquei morrendo de vontade de ser chamado.
Não fui.
Então como o importante na vida é não passar vontade, listo aqui os tais livros. Atropelei mesmo e quero que se foda. Não sou bom em fazer essas coisas de listas e garanto que se fizer outra daqui a alguns meses os títulos irão variar. Não interessa. Listas não devem ser coisas cimentadas e nenhuma verdade é absoluta. Clássicos envelhecem e nascem todos os dias. Só basta procurá-los. E chega de papo.

Esqueçam o filme. Sério. Assistam mas esqueçam. Não há como rivalizar a experiência de acompanhar as primeiras desventuras de Arturo Bandini e Camilla Lopez em Bunker Hill se não for direto na fonte. Uma narrativa sincera, deliciosamente melancólica, com uma poesia implícita tão forte que é difícil não se emocionar. Fante é uma das muitas referências que usei para criar o Psicopata Enrustido, especialmente este pôste aqui. Leiam Fante. Não irão se arrepender.

Este foi o primeiro livro que li do Velho Safado e o que mais me marcou. A crônica rasgada, escatológica, quase pornográfica de Bukowski assusta numa primeira leitura, mas a minha recomendação é que você leia com a mente aberta, sem preconceitos. Por mais "mundo cão" que sejam as histórias de Henry Chinaski (alter ego de Bukowski) é possível enxergar ali uma mensagem até otimista, repleta de poética e, ironicamente, amor à vida. Especialmente seus excessos. Bukowski é foda. Ah, e neste caso o filme é animal.

Já não considero os textos de Veríssimo a unanimidade que um dia considerei. Mas esta primeira incursão do cronista no mundo dos romances é uma obra prima. Humor ácido, metalinguagem e um ritmo delicioso fazem deste um dos poucos livros que volta e meia me pego relendo. Uma lição para escritores. Se precisar escolher apenas um livro do Veríssimo para ler, leia esse sem pensar duas vezes.

É estranho colocar uma continuação numa lista, mas este livro merece. Seqüência do já excelente Ender's Game (que aqui foi traduzido bizonhamente como O Jogo do Exterminador) ele narra as andanças de Andrew "Ender" Wiggin, o protagonista genocida-por-acaso do primeiro livro, cuja missão auto-infligida é espalhar a mensagem de paz das criaturas que ele ajudou a exterminar. Um libelo anti guerra como poucos. Curiosidade: o cenário da trama é uma colônia BRASILEIRA num planeta chamado Lusitânia. Ironia pouca é bobagem.

Este eu conheci completamente por acaso. Precisava ler e estava duro. Comprei o livro num Carrefour e paguei com vale alimentação. Juro. E nunca fiquei tão feliz por tê-lo feito. Vonnegut é um dos melhores satiristas que eu já li e este livro é a sua obra prima. Seu humor é tão ácido que você se sente até um pouco culpado por rir. Novamente um libelo anti guerra, mas narrado de uma maneira tão original que é preciso ler muito nas entrelinhas para conseguir compreender completamente. Altamente recomendável.
E como um meme não é apenas sobre responder ao desafio, seguem abaixo os convites para os próximos desafiados:
Camila Fernandes e o seu Demo Sentado Em Meu Ombro.
Cristina Lasaitis e a sua Sinfonia para Narciso.
Dóris Fleury, da Turma da Groselha.
Luciana Muniz e o seu The Shadow of the Moon.
E finalmente, para não dizerem que só escolhi mulheres:
Jean Canesqui e sua recém lançada Oficina do Diabo.
Lembrem-se, galera: tem que escrever a lista (devidamente justificada) e depois convidar outros 5 blogueiros.
Bom trabalho!
03 julho 2007
A Prova Fotográfica
A foto acima foi tirada durante a crise de dor narrada no pôste anterior. Reparem o sorriso forçado e com os dentes rilhados, além da tipóia improvisada e a qualidade do meu "analgésico". Ainda bem que eu estava entre amigos, ou então teria que passar a noite num abrigo de mendigos.
Mas não só de traumas foi feito o final de semana. Houve vários momentos inspirados, a maioria graças a uma mente fértil somados a um barril, como pode-se atestar pelas fotos abaixo:
02 julho 2007
Meu momento Tri-Lambda

Hilário, eu sei. E completamente improvável, certo?
Mais ou menos.
Este final de semana estavamos eu e a galera em um sítio em Itatiba, curtindo um monte quando, no final da tarde, durante uma prosaica partida de truco, eu distendi o braço esquerdo!
Não me perguntem como. Não sei também como consegui essa proeza. Só sei que de uma hora para outra eu estava urrando de dor. Coisa horrorosa de se ver. Saí atrás de algum analgésico qualquer, mas ninguém tinha nem uma mísera aspirina disponível. Em desespero fiz uma tipóia com um lençol (valeu, Ballico!) e parti para a solução medieval: vodka. Meia garrafa depois, com a dor ainda incomodando, surgiu a Ritinha com um comprimido de PROFLAM (relaxante muscular) não sei de onde. Minha única pergunta: "Pode misturar com álcool?". Ela disse que achava que sim. Foi o suficiente. Engoli o comprimido com a vodka mesmo.
O ministério da saúde adverte: Não faça isso em casa. Não seja idiota. Faça no seu vizinho.
Desnecessário comentar que alguns minutos depois eu já estava inutilizado, tal qual uma geléia vencida esquecida num fundo de armário. A dor passou, isso é certo, mas era impossível me distinguir de um bicho atropelado de beira de estrada.
Graças aos amigos consegui voltar são e salvo pra casa. Hoje a dor já diminuiu o suficiente para trabalhar (droga!) e até dirigir. Mas foi um final de viagem bastante trash, até mesmo para os meus padrões.
A boa notícia é que o final de semana gerou alguns videos hilários, que nos próximos dias pretendo editar e colocar no YouTube.
Fiquem ligados.
29 junho 2007
Nota de falecimento

Mais uma excelente iniciativa morre na praia da internet brasileira, vítima de inanição. O aglutinador de blogues NoMinimo fechou hoje definitivamente suas portas, para tristeza não só de seus colaboradores e leitores, mas também de todos aqueles que valorizam um conteúdo inteligente e de qualidade.
Durante os últimos anos o NoMinimo foi um porto seguro quando eu queria ler algo descompromissado, mas com algo a acrescentar, nem que fosse apenas um pequeno sorriso de canto de boca. Escritores e leitores encontravam nos excelentes textos de Sérgio Rodrigues motivos para enaltecer a literatura, dentro de seu espaço Todoprosa (citado por aqui diversas vezes). Cinéfilos que buscavam fontes pouco ortodoxas de informações sabiam que sempre podiam contar com a irreverência de Ricardo Calil no seu delicioso Olha Só. Malandros e boêmios se encontravam nas divertidas crônicas de Xico Sá dentro do Ponte Aérea/SP. Isso sem contar o passeio pelas bizarrices desencavadas por Luiz Antonio Ryff no Nonsense ou a relevância improvável de Daniel Galera dentro do Jogatina. Tinha outros, mas me alongo desnecessariamente.
É triste ver um espaço com tanto a oferecer ao faminto internauta brasileiro desaparecer por conta de um motivo tão fútil. Quero dizer, fútil para nós, leitores abandonados, pois todos sabemos que sem dinheiro não se vive, e mesmo o mais intelectual dos intelectuais sabe que suas idéias só valerão alguma coisa caso coloquem comida na mesa. Não me julgue mesquinho. É difícil ser inteligente e sagaz com o estômago interrompendo cada raciocínio.
Ainda é uma grande barreira a ser quebrada esse lance da capitalização do conteúdo. Não há uma saída óbvia. Até mesmo os maiores especialistas divergem a respeito. Produzir conteúdo de qualidade é caro e trabalhoso. Quem vai pagar essa conta? Com certeza não serão anúncios do Google. Isso é dinheiro de pinga. A gente não quer só comida, como diria Arnaldo Antunes. Se um portal com mais de 3 milhões de leitores mensais (números deles) não consegue, qual o horizonte para blogueiros independentes como nós?
É difícil ter esperanças com uma notícia destas. Mas ao mesmo tempo que enxugamos as lágrimas pelo falecido vemos uma outra notícia que reacende a chama que pensávamos ter sido há muito apagada. Há esperança sim, caros leitores. Só temos que procurar com mais afinco.
Infelizmente, não será mais dentro do NoMinimo.
Descansa em paz, véio!
P.S.: Alguns dos blogueiros decidiram continuar seus textos por conta própria em blogues pessoais (e não-remunerados). A maioria ainda não está no ar, mas vale a pena se informar quando estiverem.