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Tirando todas as gozações que sofri por essa minha prosaica loucura, a experiência me revelou algo importante. Algo que quero passar a vocês, escritores e artistas em geral. Pode ser bobagem, mas é inegável a contribuição cultural que uma única música pode ter realizado. Sinceramente nem considero essa a melhor música do Zeppelin, mas de longe é a mais icônica (tanto que Robert Plant por muitos anos se recusou a cantá-la argumentando que não lembrava a letra, demonstrando o quanto estava enfastiado com a referência). É a música que imortalizou a banda, que a tornou o bastião que ela é hoje. E será assim por muito tempo ainda.
É isso que nós, pretensos artistas, devemos almejar com nossa criação. Devemos sempre querer não apenas refletir nossos egos em nossas obras. Temos que refletir o ego geral, o ego mundial. Temos que fazer a coisa toda funcionar através de nossas intervenções. Fazer as pessoas não só assimilarem, mas criarem em cima. Devemos ser originais, buscando sempre a perfeição e aquele momento marcante que nos imortalizará por toda a história.
Como eu já disse diversas vezes, escrever não é fácil. Se deseja mesmo trilhar este caminho, não o faça querendo apenas migalhas. Ou vá para as cabeças ou nem comece. Não imite, copie ou chupinhe outros artistas. Por mais que algumas versões da música sejam interessantes, elas nunca chegarão ao pés da original. Simplesmente porque ela FOI original. Ponto.
Ou você acha que uma maluca cantando a música em ritmo tirolês será o que ficará para a história?