Engraçado como às vezes um fato aparentemente banal pode gerar impressões tão diferentes.
Ontem assisti a um trecho da entrevista do Erasmo Carlos (sim, ele tem um site oficial que é uma brasa, mora?) no desgastadíssimo Programa do Jô e, vendo aquela aparência abatida, meio demodê, meio desgastada, perdida num paradoxo de si próprio, pensei cá com meus zíperes e botões: "Quero ser um velho assim!".
Sei lá, achei aquela imagem carregada, pesada do ídolo de outrora algo a ser venerado. Claro, ele tem seus problemas, carrega o fardo de ser uma auto-paródia pelo resto da vida, essas coisas. Mas a gente sabe que cada ruga, cada olheira, cada fio branco teimoso daquela cabeleira ainda rebelde conta uma história. Muitas. Com certeza está aí um cara que viveu, que não deve se arrepender de nada do que fez, mesmo quando cagou, quando errou, quando se estrepou. E eu respeito isso. Muito mais do que sua contraparte perneta e perseguidora de biógrafos, sem sombra de dúvida.
Eu nem ia escrever nada a respeito, confesso. Mas daí vi esse pôste lá no Jesus Me Chicoteia e senti um impulso de defender o Velho Tremendão, mesmo nunca sendo grande fã de sua música e nem mesmo de sua pessoa. Sei lá, achei a argumentação do Marco Aurélio meio fraca, meio superficial, completamente coxinha. Claro, são opiniões diversas vindas de pessoas (imagino) também bastante diferentes.
Mas eu não seria eu se não me expressasse.
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