26 abril 2007

Trôpego Trottoir


Como ando irritado, estressado e cansado demais para escrever algo decente, desisto de simplesmente apagar arquivos com páginas e páginas de textos ruins e indico a leitura de outros textos em outros blogues por aí. É isso mesmo, hoje vou gozar com o pau dos outros. Me processe. Mas entre na fila.

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Para começar o texto lisérgico e sem pontos finais que o Sérgio Rodrigues escreveu lá no Todoprosa. Leia de um fôlego só.

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Depois o texto sincero que o Donizetti escreveu hoje lá no seu blogue, o Hedonismos sobre essa viciante megalópole em que vivemos. Vale também pela citação, lá no finalzinho, do Novas Visões de São Paulo. Valeu, Doni! Não te conheço pessoalmente mas quando isso acontecer a próxima rodada é por conta do Richard!

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Já a Lucimara Paiva discorre deliciosamente sobre a paixão pela música que nós, leigos, possuímos mas não compreendemos completamente. Lá no blogue do Soltando o Verbo. Vale um bocado a leitura. Com sal e limão, Lu!

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E o Henry Bugalho, da comunidade Escritores - Teoria Literária do Orkut está traduzindo o workshop "Escrevendo Ficção", ministrado pelo The Gotham Writers, e disponibilizando tudo lá no Blog do Escritor. Vale muito a pena acompanhar.

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E, para finalizar, a bem sacada tirinha de hoje lá no Malvados (clique na imagem para ampliar):

23 abril 2007

Além da Visão [NVSP]


São Paulo é um império sensorial, uma experiência sinestésica e cacofônica que toma nossos sentidos de assalto.

São Paulo, para quem chega de avião à noite, parece ser apenas um mar de luzes multicoloridas. Visão simplória esta. Para aqueles aqui no chão ela também é permeada de sons, cheiros e sabores distintos, mas que em sua mistura tornam a cidade algo único.

Experimente um pouco de São Paulo através de meu texto de hoje no blog Novas Visões de São Paulo:

http://nvsp.tarjaeditorial.com.br/

16 abril 2007

Antes tarde do que à tarde: Kurt Vonnegut morre aos 84 anos

Como ele mesmo com certeza diria:

Coisas da vida.

(Eu ia escrever bem mais que isso a respeito da morte de um de meus poucos ídolos declarados, mas percebi que já tinha feito isso, e como prefiro homenagear a vida do que a morte deixo os linques para dois textos a respeito dele que escrevi recentemente (aqui e aqui) e também para dois pôstes do Psicopata Enrustido (de novo, aqui e aqui) que foram inspirados por este escritor maravilhoso. Valeu, Kurt!)

(A demora em colocar esse pôste (ele morreu no dia 12) foi por conta de um apagão internético que me tirou da frente do computador por alguns dias. Meu fígado ainda se ressente disso...)

10 abril 2007

Para que serve um viaduto?

Sou fotógrafo. Com a fotografia aprendi que as imagens mais importantes não se registram na câmera, mas na memória. O ato e o tempo de levantar a câmera, regular os mecanismos, posicionar o foco, fazer o enquadramento, exigem a consciência e a reflexão que o olho dispensa. O olhar se regula sozinho e revela na hora. Não é preciso ser fotógrafo para colecionar imagens. Todos têm o seu álbum de fotografias impalpáveis, que se conservam na memória. Algumas delas a gente carrega para sempre.

A dica foi da Carla Rodrigues, do blogue Contemporânea. Não sei se foi porque confio no espírito crítico da Carla, se foi a confiança na qualidade de boa parte do conteúdo da Revista Piauí, se foi o tema, que sempre me instigou, ou se foi por causa da ambientação (que serviu para me relembrar que preciso produzir mais um texto para o blogue do Novas Visões de São Paulo). Não sei. Só sei que curti muito este texto do Tuca Vieira. E aposto que você também vai curtir.

09 abril 2007

Coincidência?

Será que foi só eu quem achou a capa da nova coletânea de HQs do Sandman, Vidas Breves (2007, Devir) extremamente semelhante à capa do disco do Dream Theater, Metropolis pt. 2: Scenes From a Memory, de 1999?

A arte da capa do livro de Neil Gaiman é de autoria do cultuado Dave McKean. A do Dream Theater me escapa agora.

Mas minha dica neste impasse é: relaxe e leia um ouvindo o outro. Ambos valem muito a pena, independente de quaisquer coincidências bizarras que possam acontecer.

(Aliás, se alguém ainda não sabe, o disco do Dream Theater é uma história linear bastante interessante, fantasmagórica até, como se todo o disco fosse uma única "peça". Quem quiser conhecer essa história (em inglês), é só esmigalhar o rato aqui em cima.)

05 abril 2007

Suicídio corporativo

Em janeiro último Cian Kelliher, empregado demissionário da Ernst&Young, redigiu a mensagem de despedida abaixo (para ler no original, em inglês, aperte o rato aqui), que distribuiu a todos na empresa. O teor é azedo, meio raivoso até, mas de algum modo todos nós podemos nos relacionar ao seu conteúdo. Leiam (os grifos e a tradução são meus):

Minha Carta de Despedida:

Caros colegas,

Como muitos devem saber, amanhã é meu último dia. Mas antes de partir eu gostaria de usar esta oportunidade para dizer o quão prazeroso foi para mim digitar "amanhã é meu último dia".

Por quase todo o tempo em que trabalhei aqui alimentei a esperança de que eu um dia eu sairia desta empresa. E agora que este sonho se tornou realidade, por favor saibam que eu nunca alcançaria este objetivo sem a completa ausência de apoio de vocês. Palavras não conseguiriam expressar minha gratidão pelas palavras de gratidão que vocês nunca expressaram.

Eu gostaria de agradecer especialmente todos os meus gerentes: numa época onde a falta de comunicação se tornou algo comum, vocês consistentemente me impressionaram e inspiraram com a magnitude de sua falta de informação. É preciso de força para admitir um erro, e muito mais força para atribuir este erro a mim.

Neste ano e meio vocês me ensinaram mais do que eu poderia pedir e, na maioria dos casos, alguma vez pedi. Tive a sorte de trabalhar com alguns supervisores absolutamente intercambiáveis em uma imensa variedade de projetos aparentemente idênticos - uma lição inestimável de superar o tédio diário e superar o tédio diário e superar o tédio diário...

Suas demandas eram sempre altas e a paciência curta, mas eu me consolava ao saber que meu trabalho era, como declarado em minha avaliação anual, "na maioria das vezes satisfatório". Este é o tipo de agrado que nos manda para casa felizes após uma jornada de 10 horas de trabalho, sorrindo enquanto bebemos meia garrafa de um uísque na maioria das vezes satisfatório.

E a grande parte de meus pares: mesmo que mal nos conhecêssemos dentro do escritório, eu espero que, no futuro, caso nos esbarremos na rua, vocês me tratem da mesma maneira que eu trato vocês: sem contato visual.

Mas para aqueles poucos aos quais eu realmente interagi, seguem minhas notas personalizadas de despedida:

Para Caulfield: Eu sempre me lembrarei de dividir meus lanches com você, mesmo ignorando o fato de eu tê-los claramente etiquetado com meu nome.

Para Mairead: Sentirei falta de detectar sua flatulência tanto quanto eu sei que você sentirá falta de passar perto de meu cubículo para entregá-la.

Para Linda: Boa sorte em sua campanha para popularizar as correntes de email. Eu espero sinceramente que você tenha um final de semana repleto de boa sorte, ganhe um abraço de um velho amigo, e um bebê para preencher este seu útero empoeirado.

E, finalmente, para Kat: você estava certa - deu positivo. Conversamos depois.

Então, nesta despedida, se eu pudesse passar algum conselho ao indivíduo que irá em breve preencher o meu cargo, este seria para que aproveitasse a experiência como uma esponja e que sugasse tudo como uma boa mulher, porque uma oportunidade de trabalho como esta só aparece uma vez na vida.

Traduzindo: Se eu tiver que trabalhar aqui novamente eu prefiro me matar.

Atenciosamente,

Cian Kelliher

PS: Vou fazer um happy hour no Oden amanhã a partir das 17:30, caso alguém esteja interessado em encher a cara!

Claro que esta mensagem dificilmente ficaria confinada aos corredores da empresa, caindo na internet quase que instantaneamente e causando grande rebuliço na diretoria da Ernst&Young. Infelizmente o Sr. Kelliher traiu a si próprio redigindo logo em seguida uma vergonhosa mensagem de desculpas, justificando sua atitude como uma "piada mal compreendida".

Uma pena, ele quase se tornou meu herói.

03 abril 2007

Encontrando Nemo

O grande camarada Nemo finalmente baixou a guarda e montou um blogue, onde diariamente (ao menos é o que promete...) Ira fazer comentários a respeito de notícias inusitadas coletadas em jornais e revistas por aí.

Tá, a idéia não é original, como podemos comprovar pelos blogues do KibeLoco e o Verdade Absoluta, mas como o Nemo é um grande cara a gente dá um forcinha.

O endereço do blogue é: http://paulnemo.blogspot.com

(Depois dessa e do empréstimo do colchão, Nemo, já são DUAS que você me deve, hein?)